Léia Costa e Kasuko no Aniversário da FCD Parelheiros |
Antônia Costa Pereira Uma das fundadoras do grupo |
Com grande alegria e satisfação no coração, conheci um trabalho que me emocionou muito e me fez sentir orgulho de minha mãe, Léia Costa. Foi há algumas semanas quando estive
Quando disse que esse trabalho me fez sentir orgulho de minha mãe, foi por que ela é uma das fraternistas líderes desse projeto. Foi com a chegada dela em 2005, no núcleo de Santo Amaro, que foi conquistando a amizade de todos e formando assim uma boa convivência. Com o passar do tempo foi sentida a necessidade de formar um grupo também em Parelheiros, devido a distância e o número de pessoas, o que dificultava o transporte dos fraternistas até o núcleo de Santo Amaro. Em 18 de outubro de 2008, na residência da fraternista Antônia Costa Pereira, nasceu o grupo de Parelheiros com a participação do núcleo de Santo Amaro nas pessoas de Eliane, Rosária, André e Kasuko.
A partir do dia 10 de dezembro do mesmo ano, o grupo começou a reunir-se, mensalmente, na Paróquia São Crsitóvão, contando no momento com 23 fraternistas e 12 colaboradores.
Todos os fraternistas disseram que foram convidados a participar do grupo por amigos, e também por Léia, salientando que foi um amor a primeira vista ao grupo da FCD, e o trabalho por ela desenvolvido. Ali eles estão em busca de convivência, amizade, carinho, companheirismo, alegria, aprender a viver com pessoas com deficiência, ajudar ao próximo, união e amor fraterno.
Durante nossa conversa Léia me disse algo que me deixou triste e pensativo, me falou que a maioria dessas pessoas estavam em casa escondidas, deixadas de lado, sem amigos e alegria. Refleti sobre a tristeza de pertencer a um grupo de pessoas que é minoria dentro de uma sociedade egoísta como a nossa, que discrimina o deficiente, não o respeita em seus direitos, e não os enxergam, pois muitos são como fantasmas dentre de suas casas, ruas e bairros.
Me fez também pensar sobre a missão da IGREJA DE CRISTO, talvez alguns leitores tenham percebido que a reunião mensal da FCD – Parelheiros, é realizada mensalmente em uma Igreja Católica , afinal a FCD é ecumênica. Talvez alguém possa criticar minha mãe por ser cristã protestante (evangélica) e se envolver em atividade ecumênica, mas nunca irei questionar a fé dela, pois sei dos muitos anos dedicados a Igrejas Batistas que pertencemos nesses anos, nos trabalhos com crianças, APEC, adolescentes, corais, peças e tudo o que os batistas conhecem bem. Também não vou questioná-la quando conheço sua história de organização e ajuda a grupos na periferia, onde o poder público não vai, mas ela sempre foi lutando por melhores condições de vida para os moradores de áreas não assistidas, e com as crianças e adolescentes como conselheira tutelar.
É uma pena que algumas dessas igrejas a que pertencemos não entenderam seu trabalho social e por preconceito nunca a apoiou, mas se hoje encontra apoio de uma igreja evangélica ou de uma paróquia, pouco lhe importa, o que realmente lhe interessa é trabalhar pela causa dos grupos menos assistidos e anunciar que a salvação está unicamente em Jesus Cristo , revelado pela Palavra de Deus. E não apenas falar ou pregar sobre esse amor de Deus, mas amar com esse amor.
Por isso dou toda a glória para Deus pela vida de minha mãe, Léia Costa.
Mas que possamos refletir. O que estamos fazendo como verdadeiros cristãos através de nossa igreja em nossa comunidade? Será que a sociedade jaguaquarense assisti de forma digna grupos como os de deficientes, idosos, moradores de rua, crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social, e outros grupos? Será que ficaremos apenas esperando pelo poder público (governos e prefeitura), ou nos organizaremos como sociedade civil, com projetos e ong's destinadas a esses fins? Quanto dinheiro nós como "evangélicos" gastamos com festas, congressos megalomaníacos, shows e tantas outras coisas, quando poderíamos usar do mesmo dinheiro para projetos sociais em nossas igrejas?
Claudio Braga
Sola Gratia
Olá Claudio... fiquei muito feliz em conhecer por meio do seu post o FCD.
ResponderExcluirSou fonoaudióloga e seminarista batista, trabalho no Ministério com Especiais da PIB Curitiba, aqui desenvolvemos ministério com surdos, cegos, cadeirantes e deficientes intelectuais, cada um de acordo com a sua necessidade e na maneira que lhes possam ser alcançada a mensagem de Cristo.
Creio que sou um pequeno grão nesta obra grandiosa que Deus quer fazer na vida destes, cujo a sociedade excluí, porém Cristo não os esqueceu em nenhum momento.
Deus abençoe a sua mãe que se envolveu neste projeto, e que haja um despertar na igreja a qual ela congrega para que se inicie trabalhos como o FCD.
Daniele Gotardo Veloso.