terça-feira, 30 de novembro de 2010

O EXEMPLO DE MATEUS - Mateus 09:09-17

Em todos os ensinos de Jesus quer seja nos seus sermões ou diálogos, podemos sempre observar uma ou duas frases que são a chave do ensinamento que Ele deseja deixar. E nesta passagem podemos destacar duas frases:



1º.  
Misericórdia quero e não sacrifício. Porque não vim para chamar justos, mas sim os pecadores, ao arrependimento.
Para entendermos melhor o porquê desta frase devemos primeiramente saber o que estava acontecendo.
Jesus passava pela alfândega quando encontrou um homem e o chamou para seguí-lo, este homem era Mateus, um cobrador de impostos, um homem que tinha um emprego mau visto por todos, já que tirava o dinheiro do povo. Era comum os cobradores de impostos serem homens que enriqueciam com o dinheiro que roubavam a mais do povo. Já pensou, que tipo de sentimento você nutriria por um homem que todo o mês lhe roubasse parte de seu salário, o que você acha que ele mereceria? Uma prisão com certeza.
Mas mesmo sabendo disso, não foi assim que Jesus olhou para ele, não foi com um olhar de desprezo, condenação ou vingança, mas o olhou com um olhar de misericórdia, pois Jesus viu além de um ladrão, Ele viu um pecador necessitado da Sua misericórdia. Talvez Mateus passasse o dia inteiro sentado recebendo o dinheiro e sendo alvo de piadas e maledicências, mas naquele instante o que ele ouviu não foi algo que o agrediu ou feriu, mas foi a doce voz de Cristo o convidando a seguí-lo. Foi uma voz mais profunda, além dos seus ouvidos, foi uma voz que atingiu com ternura o íntimo de seu coração, o próprio Filho de Deus naquele momento o chamou a salvação. De imediato Mateus não pode resistir e atendendo aquele gracioso chamado se levantou e seguiu-O, deixou para trás a coletoria que por tanto tempo o marcou como um ladrão, e passou a viver uma nova vida ao lado de Cristo.
Abriu sua casa para que Jesus pudesse fazer uma refeição, logo a casa se encheu de pessoas, não foram os mais bem quistos da sociedade que foram lá, mas outros cobradores de impostos e pecadores que se sentaram a mesa com Mateus, Jesus e seus discípulos. Mateus não pode conter-se e com o mesmo olhar de misericórdia que havia recebido, olhou para seus amigos, apresentou-os a Jesus, pois sabia que o mesmo Cristo que o salvara poderia mudar a vida de seus amigos também, não importava o quanto tinham roubado, ou quão grande pecadores eram, ou ainda como a sociedade os olhava, o que importava era como Jesus os olhava e como poderia transformá-los.
Mas ali também havia pessoas que não aceitavam que tais pecadores fossem tratados com tamanho amor, estes questionaram os discípulos perguntando o porquê de Jesus se relacionar com homens tão desprezíveis. Estes inquiridores eram chamados de fariseus, os religiosos da época, homens que conheciam a Palavra de Deus, que ofereciam sacrifícios, que jejuavam e diziam praticar a verdadeira religião.
Daí o motivo da frase de Jesus, o que ele queria não eram os seus sacrifícios, mas sim que agissem com misericórdia para com aqueles pecadores, pois Ele foi enviado como médico para a cura dos doentes, diagnosticá-los como pecadores e receitá-los o remédio do arrependimento, que os salvaria de todo o pecado.


A segunda frase que queria destacar é a seguinte:

     2º. Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás, rompem-se os odres, e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam.
Ainda na casa de Mateus chegaram aos pés de Jesus os discípulos de João Batista, questionando o porquê de seus discípulos não cumprirem com a tradição dos fariseus de jejuarem muitas vezes, como eles também faziam.
É importante dizer que em momento algum Jesus condenou o jejum, pois Ele mesmo no capítulo 4 jejuou 40 dias. O que Jesus vai criticar neste texto é a pratica vazia da religião, é quando nossas praticas religiosas se tornam tão mecânicas que ficam presas a um sistema religioso ineficiente e incapaz de demonstrar a riqueza da misericórdia de Deus e sua salvação.
Era comum aos fariseus estudar, dar esmolas, guardar o sábado e jejuar 3 vezes na semana, mas também desprezavam os outros, como Jesus nos conta na parábola do fariseu e do cobrador de impostos (Lucas 18:09-14). Os “religiosos” haviam feito da prática do jejum algo totalmente superficial, uma prática meramente exterior para que os homens os julgassem como homens piedosos, por isso Ele diz que enquanto estava com seus discípulos os mesmos não tinham motivo para jejuar, uma vez que o jejum era um sinal de tristeza e contrição, e eles deveriam andar alegres por Jesus estar ainda no meio deles, mas que viria o dia em que ele voltaria ao céu, então não apenas os seus discípulos, mas todos nós jejuaríamos anelando estar com Ele. Era essa religiosidade vazia, sem sentido e sem misericórdia que Jesus tanta vezes criticou.
Quando Ele fala de vinho novo e odres velhos, está se referindo ao vinho como figura de sua mensagem (evangelho), o vinho novo da alegria, o sangue da nova aliança que é capaz de trazer alegria de salvação aos perdidos e desprezados, já que é o seu sangue que nos reconcilia com Deus, e não o vinho velho, o sangue de animais, os sacrifícios não mais necessários, a lei incapaz de salvar, a religiosidade mecânica sem amor a Deus e ao próximo, que infla o peito de seus praticantes como se fossem os exclusivos de Deus, que deixa os ladrões, prostitutas, drogados e todos outros pecadores tão mal vistos pela sociedade, fora da igreja que pensam serem donos. Por isso Jesus diz que sua mensagem não cabe neste odre (embalagem) velho, mas deve ser guardado no odre novo de uma vida de piedade e misericórdia.
Só podemos dizer que estamos pregando o vinho novo (evangelho) quando temos misericórdia pelos pecadores e os chamamos sem preconceito ao arrependimento que um dia recebemos, assim como Mateus fez com seus amigos.


Claudio Braga
Sola Gratia

29.11.2010

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

LIVROS GRATUITOS - ALGUNS PRESENTES PARA VOCÊS... Parte IV

Olá irmãos...

O livro desta semana é o excepcional "O QUE É UMA IGREJA SAUDÁVEL", um livro de  Mark Dever, que nos fala sobre as verdadeiras características de uma igreja verdadeiramente saudável para a o para o povo de Deus.

Um livro indispensável para a Igreja Cristã dos dias tão difíceis e confusos de hoje.






Leia um pedaço da introdução:


Não deixe de ler este excepcional livro, baixando agora, é só clicar:

http://www.4shared.com/file/aAL30j4w/O_Que___Uma_Igreja_Saudvel.html

Boa leitura...

Claudio Braga
Sola Gratia


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

LIVROS GRATUITOS - ALGUNS PRESENTES PARA VOCÊS... Parte III

Olá irmãos...

Aqui vai mais um livro de minha biblioteca especialmente para vc que gosta de uma leitura biblicamente embasada, de qualidade e sem invencionices.

O livro desta semana é o ótimo História da Igreja Cristã escrito por mim mesmo. O livro é uma compilação de livros que li, palestras que ouvi, e muita pesquisa em sites cristãos e de história geral. Com um conteúdo cativante, de simples linguagem e bastante ilustrado, o livro nos transporta para dentro da história da Igreja Cristã em um tour de 2000 anos. O estudo é dividido em períodos onde poderemos ver o desenvolvimento da igreja, suas doutrinas, personagens, teólogos fundamentais e acontecimentos que marcaram a vida do corpo de Cristo. Vale a pena ter e conferir este material.

Veja a introdução:

INTRODUÇÃO

A história da igreja cristã é um dos temas de estudo mais fascinantes que existe. Esta apostila busca tornar este estudo um processo simples para o estudante que não possui intimidade com o tema, pois ela parte do pressuposto de que você não conhece coisa alguma sobre a história da igreja. Há sempre a atitude de se olhar para trás para ver como as coisas foram feitas no passado e quais respostas foram dadas. Parte da noção de “tradição” está na disposição de levar a sério a herança teológica do passado. Como o período a ser estudado abrange mais de 2000 anos de história, dividiremos a história da igreja cristã em períodos onde estudaremos seus personagens e teólogos fundamentais, a composição da igreja, os problemas enfrentados e os assuntos teológicos em destaque.
Bem vindo a essa emocionante viagem no tempo, e que o Espírito Santo possa nos guiar pelos caminhos do passado, para que possamos acertar os passos no presente e escrever o futuro.


PODEMOS APRENDER DA HISTÓRIA?

“... Talvez não exista nada que tenha denegrido tanto a glória de Deus como a história do seu povo, a igreja...” D. M. Lloyd Jones.

“... O que aprendemos da história é que não aprendemos nada da história...” Hegel.

No que se refere ao mundo secular essa é uma verdade plena, a história da raça humana mostra isso claramente, a humanidade em sua loucura e estupidez sempre repete os mesmos erros, não aprende e se nega a aprender, mas não aceito isso como próprio do cristão, pois o mesmo deve aprender da história.

Para nós é sempre essencial suplementar nossa leitura teológica com a leitura da história da igreja, se não corremos o perigo de tornar-nos abstratos, teóricos e acadêmicos em nossa visão da verdade, e, deixando de relacioná-la com os aspectos práticos da vida diária logo estaremos em dificuldade. A história da Igreja deve ser para o nosso ensino, que possamos ver nela pessoas de carne e osso lutando pela verdade.



Que não caiamos no erro de uma jovem que foi designada para fazer um trabalho sobre a história da igreja e não sabia por onde começar, então chegou à conclusão de que tinha que começar do começo. No dia da apresentação pegou sua folhinha e foi ler diante da sala de aula da escola dominical, se posicionou e disse – “... Nosso pastor nasceu em 1933...”. Espero que essa atitude não seja a nossa, a de pensar que a história da igreja se resume a nós mesmos, nossa denominação ou nossa época, a história da igreja tem mais de 2000 anos com muita coisa acontecendo influenciando tudo que nós cremos e vivemos hoje.


Vamos estudar a História da Igreja, mas o que é a Igreja?

¡  O que é a Igreja? (Confissão de Fé 1689 – Cap. 25)

  1. A Igreja universal (ou católica), que com respeito à obra interna do Espírito, e da verdade da graça, pode ser chamada invisível, consiste no número total dos eleitos que já foram, estão sendo, ou ainda serão chamados em Cristo, o cabeça de todos.

  1. Todas as pessoas ao redor do mundo, que professam fé no evangelho e obediência a Deus, mediante Cristo, de acordo com o evangelho, e que não destroem o seu testemunho com alguma doutrina fundamentalmente errada ou conversão profana: esses podem ser chamados de os santos, de que se compõe a igreja visível; e todas as congregações deviam ser constituídas de pessoas assim.

  1. Mesmo as igrejas mais puras sobre a terra estão sujeitas a erros doutrinários e a comprometimentos. Algumas se degeneraram tanto, que deixaram de ser Igrejas de Cristo, e passaram a ser sinagogas de Satanás. A despeito disso, porém, Cristo sempre teve e sempre terá um reino neste mundo, até o fim dos tempos. Esse reino é formado dos que n’Ele crêem e confessam o se nome.

Muitos chamam a História da Igreja de terceiro testamento, pois a mesma é uma sequencia do Novo Testamento no sentido de relato daquilo que Deus faz no meio do seu povo, é o que temos no Antigo Testamento, a história do que Deus fez no meio do seu povo de Israel, é o que temos no Novo Testamento e também na história da igreja, relatos do que Deus fez e faz no meio do seu povo. Qual a diferença que temos no “terceiro testamento” em relação aos outros dois? É que Deus está trabalhando no meio do seu povo, mas não há revelação e inspiração para a Palavra escrita.


DIFICULTADORES DA HISTÓRIA DA IGREJA

  • Não sabemos o que Deus está fazendo e porque está fazendo.

  • Sempre estaremos sendo seletivos, nunca estaremos falando de toda a história, muitas coisas aconteceram e não foram registradas.

  • Há momentos em que coisas boas ocorrem em meio ao erro, separar o que é bom do que é ruim é uma das mais difíceis tarefas.


RECOMPENSAS DO ESTUDO DA HISTÓRIA DA IGREJA


  • A glória de Deus, pois a todo instante ele mostra que está no controle de tudo, e ao nosso ponto de vista sempre concertando o que nós estragamos.

  • Nosso crescimento, sempre produzindo em nós humildade, pois é presunção achar-se melhor do que o irmão das épocas passadas.

  • O bem da igreja.





“Seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente.” Isaías 40:8
Esse é o nosso texto chave, ficara evidente em nosso estudo que a igreja vai errando muitas vezes, mas há uma âncora que sempre vai trazer a igreja de volta, que é a palavra de Deus. Não importa o quão errado os homens da igreja sejam, ou quanta pompa elas tenham, no fim só o que sobrará triunfante é a Palavra de Deus.





  • Proposta:
Apresentar um panorama dos principais movimentos políticos, culturais, religiosos e doutrinários que influenciaram o desenvolvimento da igreja através dos séculos divididos em 4 partes de 500 anos cada.



·        Programa:

1.      Estudar os eventos importantes e principais movimentos que impactaram a Igreja através da história.

2.      Apresentar os principais personagens-chave da história da Igreja.


3. Analisar os desvios doutrinários e suas conseqüências na vida e no desenvolvimento da Igreja.







Bem, é só clicar no Link abaixo e baixar:

http://www.4shared.com/file/HiA-QRz0/Apostila_de_Histria_da_Igreja_.html


Um abraço...
Claudio Braga
Sola Gratia

sábado, 20 de novembro de 2010

ENXERGANDO A NECESSIDADE DA RESTAURAÇÃO


Olá irmãos...

Diante do quadro em que se encontra a igreja evangélica brasileira, vejo que há extrema urgência de restauração dentro da mesma. Quando falo de restauração me refiro a desconstrução dessa "lixologia" que permeia os círculos evangélicos chamados neopentecostais e afins, e que de uma forma sorrateira também tem entrado em nossas igrejas. Fazendo assim que a igreja evangélica no Brasil passe por momentos doutrinários, éticos e de amor a verdade tão difíceis. Por isso vejo a necessidade de voltar os olhos para a nossa história como Igreja Cristã, lembrar de onde caímos, nos arrepender e aprender com os exemplos do passado a superar as dificuldades dos nossos dias, através é claro, da Palavra de Deus.

Como fazer isso?
 
1º A restauração é importante para a Igreja atual, pois é um chamado de Deus para consertarmos nossas vidas e voltarmos ao estado da comunhão, amor e serviço que Ele deseja.

  É necessário fazermos uma leitura, uma análise sincera de nosso real estado, nos questionarmos sem medo de nos ofendermos, mas com a coragem de descobrirmos como estamos.

Ø  Nossos cultos têm sido realmente baseados na Palavra?
Ø  A Palavra de Deus tem tido a primazia em nossos cultos?
Ø  Temos conseguido adorar a Deus de forma espontânea e verdadeira em nossos cultos?
Ø  As mensagens pregadas têm sido penetrantes e têm atingido os objetivos de salvar, nos alimentar e transformar?
Ø  Temos crescido em número?
Ø  Temos crescido em espiritualidade?
Ø  Temos empregado tempo em oração devocional e junto com outros irmãos?
Ø  Temos investido em meditação devocional da palavra de Deus?
Ø  Como membros deste organismo temos alegria e compromisso com a igreja e suas atividades?
Ø  Como líderes temos alegria no servir, nos empenhado e alcançado os objetivos de Cristo  por nossos irmãos?
Ø  Como crentes temos cumprido nosso compromisso com Cristo e sua Igreja?

  Somente com uma análise sincera e corajosa dessas perguntas poderemos enxergar nossa real situação

JOEL Capítulos 01 e 02


(01:04) O primeiro indício de que algo não vai bem é que começam sucessivas ondas de devastação sobre a igreja. Os problemas parecem não terminar, eles vem e causam danos a nossa lavoura, quando começamos a nos recuperar vem de novo e levam e arrasam outra parte, ficando apenas um pouco que temos de alguma forma preservar, pois o gafanhoto é impiedoso e quer destruir tudo.

(01:07,08) Depois de termos sido assaltados pelos gafanhotos a real situação que enxergamos é esta: A minha vide (igreja) se torna uma assolação, ou seja, o ministério em que investimos uma vida inteira, aonde todos os presentes e os que passaram plantaram sementes, derramaram suas lágrimas regando e Deus dando o crescimento, agora está abatida, seus frutos são mirrados e muitos ramos foram destruídos, este é o triste retrato da nossa vinha.

(01:09) Quando vemos nosso trabalho desmoronando o único sentimento que nos envolve é a tristeza, é assim que nos sentimos quando vemos nossos cultos vazios e o nossos irmãos desanimados e  sucumbindo diante do mundo. Nosso culto parece não romper um teto de bronze que insiste em permanecer sobre nossas cabeças, a tristeza se instalou até nos líderes que deveriam nos incentivar.

(01:10,11) O trigo (alimento) está destruído, o mosto (alegria) se secou e o óleo (ação do Espírito Santo) falta, é profundamente triste enxergar essa realidade. Quantas vezes fui ao culto e não fui alimentado, por mais que os pregadores e músicos se esforcem não sentimos esfera de alegria, e parece que a atuação do Espírito Santo não se faz presente, pois cada vez menos vemos conversões verdadeiras. Tudo isso nos leva a ter o mesmo sentimento dos lavradores do verso 11, vergonha.

(01:13,18,19) A nós os líderes o que resta é lamentar e chorar, convocar o povo para juntos sentirmos nossa situação e consagrarmos nossas vidas para clamar pela misericórdia do Senhor, pois não podemos suportar ver nosso rebanho sem pasto e sendo destruído.

 Devemos restaurar, e no nosso caso é a partir do “zero”, não da mais para remendar, ou disfarçar a situação com programações, festas e convidados, que trazem algo por um momento. É preciso recomeçar, é um trabalho que ninguém fará por nós, depende de Deus e de cada trabalhador desta vinha chamada Igreja Cristã, a responsabilidade é nossa.


“Ainda assim, agora mesmo diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em beneficência, e se arrepende do mal. E as vossas eiras se encherão de trigo, e os lagares de mosto e óleo. E restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto, a locusta, e o pulgão e a aruga, o meu grande exército que enviei contra vós. E comereis abundantemente e ficareis satisfeitos, e louvareis ao nome do Senhor vosso Deus, que procedeu para convosco maravilhosamente; e o meu povo não será mais envergonhado.” (Joel 02:12-13, 24-26).


Claudio Braga
Sola Gratia



quarta-feira, 17 de novembro de 2010

1° OLHAR DO AMA


O  AMA  realiza 1° projeto sociocultural  com cunho evangelístico na Praça J. J. Seabra, Jaguaquara.

No dia 06 de novembro nós realizamos na  cidade de Jaguaquara um evangelismo diferente.
fizemos um dia inteiro de atividades no centro da cidade, que envolveu toda sociedade. Disponibilizamos, na ocasião,  vários estandes, tais como: saúde ( aferição de pressão arterial, glicose, higiene pessoal e massagem terapêutica) beleza ( maquiagem, cortes de cabelo, dicas de beleza) infantil  ( palhaço, fantoches, pinturas em rosto), distribuição de Bíblias e mais de 1000 folhetos,  encerramos o dia com apresentações teatrais e show de dança e músicas. Enfim o Senhor foi glorificado e a Ele seja a honra, glória e louvor para sempre amééém!
Quero agradecer a todos que cooperaram conosco neste evento, Deus os abençôe!
Segue algumas fotos, em breve falaremos com detalhes sobre este evento e traremos mais fotos e vídeos, acompanhe nosso blog, deixe seu comentário.

. Marcos Teixeira      













terça-feira, 16 de novembro de 2010

LIVROS GRATUITOS - ALGUNS PRESENTES PARA VOCÊS... Parte II

Olá irmãos...

Nesta semana escolhi colocar a disposição um livro muito bom, na verdade um dos melhores que li nos últimos meses. O Comentário Bíblico da Carta aos Gálatas escrito por João Calvino.

Esse comentário é formidável porque nos dá uma idéia muito sólida a respeito do que o apóstolo Paulo queria transmitir aos irmãos da Galácia. Poderemos compreender o que realmente significa justificação pela fé. Um assunto que se faz atual e urgente para a igreja brasileira nesses tempos em que as pessoas tem buscado uma salvação por mérito, além de terem sua fé firmada no "misticismo evangélico" que se prolifera com o neopentecostalismo.





Prefácio do livro:



Um abraço e na semana que vem tem outro livro.

Claudio Braga
Sola Gratia


Batalha Espiritual I - Armadura Mística

Olá irmãos...

Eu estava cultuando a Deus em minha igreja neste último domingo, e o pastor trouxe-nos uma mensagem sobre a armadura de Deus, um texto bem conhecido em Efésios 06:10ss. Enquanto ele pregava eu me lembrava de como as pessoas tem usado este texto de forma errada, não que o pastor de minha igreja estivesse fazendo isso, mas não são poucas as pessoas que de uma maneira totalmente equivocada tratam este texto como se o mesmo evocasse uma fórmula mágica e mística. Lembro-me de muitíssimas vezes que presenciei essas pessoas orando em “cultos de libertação e afins”.
A coisa se dava mais ou menos assim: Um grupo de alguns “intercessores” antes de orarem pelas pessoas, oravam umas pelas outras, evocando que Deus colocasse sobre elas essa armadura citada no texto de Efésios. Neste momento ao irem pedindo cada parte da armadura colocavam as mãos sobre a parte do corpo que receberia determinada peça da mesma. Quando pediam o “cinturão da verdade” colocavam as mãos sobre a cintura; a “couraça da justiça”, mãos sobre o peitoral; “os calçados do evangelho”, mãos sobre os pés; “o capacete da salvação”, mãos sobre a cabeça; “o escudo da fé”, mãos sobre um dos braços; “a espada do Espírito”, mãos sobre o outro braço; e desta forma o “intercessor” estava devidamente trajado para a batalha. Todos então saíam a impor as mãos sobre as pessoas, orando e proferindo sentenças aos demônios, quebrando maldições, ordenando aos anjos de Deus que lutem por eles, e ministrando bênçãos sobre os ouvintes, tudo isso usando a expressão “em nome de Jesus” como uma palavra mágica.

Bem irmãos, não discordo que há uma luta espiritual em andamento, pois o próprio texto afirma isso no versículo 12. E o apóstolo Paulo nos diz que  “...andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas...”II Coríntios 10:03,04.

O que realmente eu discordo e me irrita muito é o fato de que muitas dessas pessoas pensam que essa armadura é adquirida com esse rito místico, como se falassem “...alakazam, vou colocar minha roupa de guerra e detonar um monte de capeta...”.

Gosto de pensar que se revestir dessa armadura não é apenas um trocar de roupa momentâneo, mas sim algo que deve se fazer comum ao cristão em todo os dias de seu viver. Esse revestir-se trata de características que devem ser comuns a todos nós que professamos a fé em Jesus Cristo, fala de atitude e posicionamento que devem permear nossa vida. E não apenas uma “fantasia de um determinado momento de uma determinada “batalha”

Tomar sobre sí toda a armadura de Deus é ter sobre si elementos que só o cristão pode ter. É ter a verdade nos envolvendo num todo, a verdade da palavra, a verdade que é Cristo, e também é viver na verdade e pela verdade. É ter sobre si a justiça que vem de Cristo que nos justifica de todo o pecado. É estar alicerçado no evangelho e não em outros fundamentos. É empunhar a fé que Ele nos deu para aniquilar toda e qualquer dúvida. É ter em mente em todo o momento que somos salvos. É ter também como arma a Verdadeira Palavra de Deus na qual cremos a despeito de qualquer doutrina humana ou modismos. E por fim estar em constante oração.

Mas muitas pessoas não agem assim, se dizem “guerreiros em batalha” mas negam a verdade da palavra, e não vivem essa verdade em suas vidas. Preferem a sua justiça que é um trapo imundo, ao invés da justiça verdadeira de Deus, vivendo assim um evangelho por suas próprias forças, anunciando e querendo também um céu simplesmente meritório, não podendo assim dizer que estão alicerçados no verdadeiro evangelho. Sua fé é uma ilusão, pois não é a fé que vem de Deus, mas sim um assentimento intelectual, ou uma crença baseada na emoção e experiências estranhas a Palavra, ou ainda pior, uma fé que se apóia nos bens materiais, sabedoria e força humana. Querem ter um capacete da salvação, mas não podem, pois não tem certeza da mesma, vivem uma vida em que agora estou salvo, mas depois não sei. A Bíblia para eles é só um livro, pois a negligenciam, torcendo seu verdadeiro significado, manipulando-a para o próprio deleite. E suas orações não passam de palavras bem arrumadas em discursos comoventes, que servem apenas para emocionar os ouvintes, e se gabar diante de Deus e as pessoas. E por fim, mesmo vivendo uma vida como a mencionada acima querem num passe de mágica se “revestir de uma armadura”, quando na verdade são pobres, cegos, nus e miseráveis.

Por isso fico indignado, pois se todos vivêssemos a verdade do evangelho, se pudéssemos realmente confiar em Deus e Sua Palavra. Não iríamos atrás desses “guerreiros” para lutar nossas batalhas. Mas entregaríamos tudo ao comando daquele que já venceu por nós, e triunfou sobre todos os principados e potestades (Colossenses 02:04-16). E Ele sim nos conduziria a verdadeiras vitórias na vida, tendo por fim o triunfo sobre a morte (João 16:33; I Coríntios 15:26,54-57).

Pois uns confiam em carros e preparam seus cavalos para a batalha, mas nós confiamos que a vitória vem do Senhor.  (Salmo 20:07)

Um abraço, vamos buscar viver a Palavra e deixar de invencionices.

Claudio Braga
Sola Gratia
15.11.2010